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Prelúdio: Nós, humanos, somos criaturas puramente naturais, seres sofisticados que evoluíram através de mecanismos da natureza.

 

Tendo como ponto de partida a ideia de que a HUMANIDADE (como espécie) tende a se afastar da NATUREZA, sendo destruindo-a ou construindo grandes cidades; o INDIVÍDUO (como criador e consumidor de cultura) também tende a se afastar do que é de fato da sua ORIGEM.

Acredito muito no reencontro desses dois contrastes, pois eles deveriam viver com muito mais harmonia sendo um só.

 

Além disso, entendo que, o Brasil, por apresentar uma grande dimensão territorial, possui uma vasta diversidade cultural e por isso deve haver uma valorização do que é genuinamente brasileiro.

 

Longe de patriotismo, valorizar o que é nosso é manter a cultura genuína.

Sou natural de Santo André, ABC paulista e desde minha infância tive interesse e incentivo familiar à arte. A cultura de rua, o skate e o hardcore estiveram presentes desde cedo e influenciou muito na minha formação.

Com formação técnica em Comunicação Visual, trabalhei como designer gráfico apenas por um curto período de tempo porque encontrei na ilustração e na tatuagem uma liberdade artística que sempre busquei.

A tatuagem (e por consequência a ilustração) surgiu na minha vida em 2015 e desde então tenho focado em estudar blackwork, neotradicional e tradicional com influência em ilustrações científicas vintages e pontilhismo.

Além de produções independentes, trabalhei com estampas e logos para marcas como Class Local Studios, Franca Apparel e Quadro Creations.

Como artista, sempre busquei me encontrar visualmente, mas também ter uma essência além da estética.

Meu objetivo, num parâmetro mais geral, é trazer a natureza para nossas vidas, lembrando sempre o quão rica é nossa cultura e nossos bens naturais. Explorar o universo da arte e design, desde a tatuagem até produtos mais amplos e manter o equilíbrio entre elegância e qualidade com intuição e d.i.y.

Na tatuagem minha abordagem é mais ampla em questões de temática, mas minha paixão continua sendo em representar a natureza e tentar fazer as pessoas terem um olhar maior pra nossa fauna e flora. Já que as tatuagens de águias, por exemplo, são tão clássicas, por quê não tatuar um Carcará?

Desde a pandemia de 2020 me vejo cada vez mais interessado em Design de Interiores e nesse período despertei uma vontade de desenhar para além do que desenho desde 2015. De forma improvisada e intuitiva estou me aventurando, ao lado da minha companheira e designer Nina Maia, em desenvolver e fazer upcycling de peças de mobiliário e decoração. Daí surgiu o Ateliê Abismo.

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